Docentes da Unimontes mantêm greve

Os docentes da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em Minas Gerais, decidiram em assembleia geral manter a greve, que já dura mais um mês, para cobrar do governo mineiro o cumprimento do acordo firmado em 2016, que encerrou a última greve da categoria. Os docentes da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) avaliarão no início de março a possibilidade de também aderir à paralisação.

Afrânio Farias de Melo, presidente da Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a categoria está iniciando as negociações com o governo. “A negociação está um pouco devagar. O governo disse que vai realizar um estudo de impacto financeiro sobre nossas reivindicações de carreira. Vamos realizar ações de mobilização nessa semana, entre elas uma visita à Assembleia Legislativa em Belo Horizonte”, diz o docente.

A Adunimontes-SSind divulgou um comunicado sobre um dos debates que os docentes travam com o governo sobre a carreira: a questão da promoção por escolaridade dos docentes que completem o estágio probatório. A nota critica a gestão da Unimontes por negar o direito à categoria. Confira aqui.

A Seção Sindical do ANDES-SN na Unimontes, por meio de sua Procuradoria Jurídica, também obteve, na quinta-feira (22), liminar no Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais para pagamento integral do 13ª salário dos professores da Unimontes. Ainda cabe recurso à decisão.

O acordo de 2016

O documento assinado pelo governo de Minas Gerais, reitoria e comando de greve dos docentes previa, entre outras conquistas, a reestruturação de um plano de carreira adequado que, entre outros pontos, realiza a incorporação da Gratificação de Desempenho da Carreira de Professor de Educação Superior (GDPES) e do “Pó de Giz” ao vencimento básico, e o aumento da Dedicação Exclusiva (DE) de 40% para 50%; a nomeação do atual concurso público e a publicação de novos editais; a liberação com vencimento para docentes em formação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) mediante aprovação do departamento ou unidade; e uma mesa de negociação permanente própria para a recomposição salarial da categoria. Além da oferta de 300 bolsas para a assistência estudantil. O acordo foi protocolado na justiça.

Fonte: ANDES-SN


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