Docentes da Unesp se mobilizam para receber 13º salário

Docentes e técnico-administrativos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) vivem a insegurança sobre o pagamento do 13º salário deste ano. A Unesp afirmou que não terá como arcar com o pagamento de seu quadro de funcionários se não houver um aporte extra de recursos do governo do Estado de São Paulo. O Orçamento de 2017 da Unesp traz apenas 12 folhas de pagamento dos servidores estatutários, ou seja, não apresenta provisionamento para o benefício. Para piorar a situação, os servidores da universidade estão desde 2015 sem receber reajuste salarial.

A Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp – Seção Sindical do ANDES-SN), na última quinta-feira (7), impetrou ação judicial solicitando mandado de segurança preventivo para preservar o direito de recebimento do 13º salário. A Adunesp SSind. vem reforçado o chamado aos docentes para que participem das assembleias de base, com o objetivo de discutir possíveis ações coletivas concretas de luta pelo direito ao 13º salário para todos, de modo a pressionar as autoridades competentes, no caso o reitor Sandro Roberto Valentini e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para que libere verbas para o pagamento dos servidores.

João da Costa Chaves Júnior, presidente da Adunesp SSind, afirma que a seção sindical realizará uma plenária na sexta-feira (15) para debater os rumos da mobilização pelo pagamento do 13º salário. “Há tempos que o reitor declara que não há recursos para o 13º. A Unesp já vive uma situação de subfinanciamento, e temos que nos mobilizar contra isso”, diz o docente.

No dia 29 de novembro, a Adunesp SSind. realizou uma audiência pública na Assembleia Legislativa, com o tema “Crise e subfinanciamento da Unesp: o 13º salário em risco”, onde foi denunciado subfinanciamento que está havendo no custeio das três universidades de São Paulo e do Centro Paula Souza.

A Unesp tem atualmente 3.631 docentes e 6.449 técnicos ativos. Eles atendem a 51.896 alunos de 135 cursos de graduação e 147 programas de pós-graduação. Cerca de 2/3 do quadro docente da Unesp é de servidores estatutários. Os celetistas, sejam eles docentes ou técnico-administrativos, receberão normalmente o 13º salário.

Outros Estados

A luta por direitos democráticos não é exclusiva dos docentes da Unesp. No Rio de Janeiro, os docentes das universidades estaduais do Rio de Janeiro (Uerj), do Norte Fluminense (Uenf) e da Zona Oeste (Uezo) estão em greve em decorrência do atraso no pagamento de seus salários e do 13º de 2016. Os docentes tutores de Educação à Distância (EAD) do Rio de Janeiro também sem receber suas remunerações se declararam em estado de greve. Os docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) também estão em greve pelos atrasos salariais, que se arrastam desde janeiro de 2016.

Com informações e imagem de Adunesp – Seção Sindical do ANDES-SN

Fonte: ANDES-SN


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