Docente da USP sofre perseguição política após realizar atividade acadêmica com o MST

10 de novembro de 2017

MarcosSorrentino_0145-660x330Entre 17 e 20 de abril deste ano, foi realizada a IV Jornada Universitária em Apoio à Reforma Agrária na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP). Durante o evento, o professor Marcos Sorrentino organizou uma oficina em conjunto com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para mostrar como as barracas dos assentamentos são confeccionadas com as lonas pretas e para debater com os estudantes o modo de vida dos acampados.
Na ocasião, uma notícia falsa foi divulgada nas redes sociais afirmando que o MST estaria invadindo a universidade, o que foi prontamente desmentido pela ESALQ e pela Prefeitura do Campus. Porém, no início de novembro, uma Comissão Sindicante foi instalada na USP para investigar se o docente tinha autorização para a realização das atividades.
De acordo com o diretor de imprensa da APUFPR-SSind, Cássio Alves, essa perseguição ideológica é resultado da onda de conservadorismo que atinge a sociedade brasileira. “Está bem claro que o que está acontecendo com o professor Sorrentino é um patrulhamento ideológico. Muitos docentes estão sendo patrulhados dessa mesma forma. Isso coloca em risco a autonomia universitária e a produção do conhecimento”, destaca.
Retrocesso
Na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o docente André Luiz Monteiro Mayer e o ex-reitor Marcone Jamilson Freitas Sousa estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal (MPF). O motivo é o Centro de Difusão do Comunismo, núcleo de estudos que teve suas atividades suspensas em 2013 e oferecia cursos para estudantes e para a comunidade externa sobre a ordem contemporânea do capital, debates de textos de Karl Marx e outros assuntos.
Foto: Adriano Rosa
Fonte: APUFPR-SSind


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