Discutir o momento político brasileiro é essencial para elaborar reação

25 de agosto de 2017

20170824_CRAPUFPR_R-1Debater a conjuntura política do Brasil e suas implicações sobre os serviços públicos e a sobre as universidades é fundamental para que se possa reagir à política de desmontes implementada pelo governo Temer e seus apoiadores no Congresso Nacional.

Na última reunião mensal do Conselho de Representantes da APUFPR-SSind (CRAPUFPR), que aconteceu em 24 de agosto, esse foi o tema debatido pelos participantes.

O docente Luis Allan Künzle, do Departamento de Informática da UFPR, analisou os impactos da política do governo de Michel Temer na sociedade. Segundo ele, algumas forças que estavam contidas na sociedade brasileira vieram à tona, trazendo consequências em diversos aspectos, especialmente no funcionalismo público e na educação.

As universidades encontram dificuldades para se manter diante do contexto de destruição deliberada do serviço público. A subsistência das instituições é ameaçada pela impossibilidade de pagamento das contas básicas, incluindo de serviços terceirizados, como limpeza e segurança.

Até o número de violência sexual vem aumentando nas universidades devido à falta do serviço de segurança, afetado pela redução das verbas.

Na UFPR, a infraestrutura básica também está sendo afetada: segundo relatos, atualmente há apenas um eletricista atendendo toda a Universidade. Além disso, o campus Jandaia do Sul e o Centro de Estudos do Mar, que abrigam juntos 11 cursos de graduação, entre eles seis engenharias, não possuem instalações que atendam às necessidades dos estudantes.

Um dos principais riscos, segundo Luis Allan, além da mercantilização da educação, é o “de nos acostumarmos com o estado da precarização”.

O quadro deve piorar com as mudanças nas carreiras (que podem passar a ter 30 níveis), o congelamento do reajuste salarial previsto para 2018 e outras medidas anunciadas pelo governo.

O papel do sindicato

O docente Emmanuel Appel, do Departamento de Filosofia da UFPR, reforçou a importância do debate promovido pelo CRAPUFPR. “Conseguimos provar que é compatível um sindicato que defenda as questões mais imediatas que interessam à categoria e também seja capaz de discutir temas gerais do que vem acontecendo no país”, comentou.

Segundo Appel, esse tipo de discussão esclarece questões que geram dúvidas em muitos professores e em servidores públicos em geral, preparando a todos para traçar estratégias de reação aos desmontes sofridos na educação e no funcionalismo público.

Fonte: APUFPR-SSind

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