Discussão sobre saúde pública envolve o SUS e os planos privados

20170919_CRAPUF_R-6O debate a respeito da saúde pública no Brasil envolve diversas questões, entre elas a relação entre Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde privados. Para discutir esse assunto, a última reunião mensal do Conselho de Representantes da APUFPR-SSind (CRAPUFPR), que aconteceu em 19 de setembro, contou com a presença da socióloga Lígia Cardieri, aposentada da Secretaria da Saúde do Estado do Paraná.

A palestrante destacou o balanço favorável do SUS, que busca promover saúde por meio da prevenção e desenvolve ações que já resultaram em avanços nas questões de mortalidade infantil, longevidade, redução de doenças, entre outras. Entretanto o subfinanciamento é uma das principais dificuldades enfrentadas pelo sistema, resultado do desequilíbrio do orçamento público.

“Devemos acompanhar as contas públicas para entender como a saúde pública sofre com medidas de cortes, como a Emenda Constitucional 95/2016, que congela os gastos públicos por 20 anos. Isso ameaça diretamente o funcionamento do SUS e de outros serviços públicos”, ressaltou Lígia.

Os participantes da reunião também debateram a questão dos planos de saúde em um contexto mais amplo, relacionando a imagem precária que o SUS possui no imaginário brasileiro e a mercantilização da saúde promovida pelos planos privados.

O encontro também elegeu a Comissão do Plano de Saúde, que ficará responsável por analisar o perfil epidemiológico das doenças que ocorrem com mais frequência nos docentes – resultado das condições de trabalho cada vez mais precárias, que sobrecarregam os professores – e os impactos que isso causa sobre os valores do convênio.

A diretoria da APUFPR-SSind fornecerá toda a estrutura para o funcionamento da Comissão, que terá autonomia e dialogará com outros sindicatos da educação.

Atendimento das ambulâncias

Durante o debate sobre saúde pública, foi levantada a questão do atendimento das ambulâncias públicas, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a pacientes que possuem plano de saúde.

O diretor de imprensa da APUFPR-SSind, Cássio Alves, relatou o caso de um professor do Setor Palotina, que necessitou de transporte para consulta médica e não foi atendido pelas ambulâncias públicas da cidade por ser cliente de um plano privado. Lígia explicou que a prioridade para a utilização do transporte é para pacientes do SUS.

“Os atendimentos em hospitais públicos ou postos de saúde são abertos a toda a população, mas algumas cidades muitas vezes contam com poucas ambulâncias para atender todos os moradores, devido ao limite de orçamento. Por isso há a prioridade no atendimento a pessoas que utilizam o SUS, mas o serviço não é restrito”, esclareceu.

Fonte: APUFPR-SSind

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