Desigualdade social deve crescer ainda mais nos próximos anos

13 de fevereiro de 2017

shutterstock_329915090Estudo revela que o atual ritmo de desigualdade mundial deve dar lugar ao primeiro trilionário em 25 anos. Com tamanha concentração de riqueza, seriam necessários 2.738 anos para gastar toda a fortuna, considerando um gasto diário de 1 milhão de dólares.

O abismo entre pobres e ricos é muito maior do que se pode imaginar. Foi o que constatou um relatório do Comitê de Oxford de Combate à Fome (Oxfam), divulgado em janeiro. De acordo com o alerta da Organização Não Governamental (ONG), apenas oito pessoas detêm uma riqueza equivalente ao acúmulo total da metade menos favorecida do mundo, ou seja, 3,6 bilhões de indivíduos.

Bill Gates, da Microsoft; Amancio Ortega, da Inditex (grupo de empresas detentoras de marcas como Zara, Dutti e Stradivarius); Warren Buffett, maior acionista da Berkshire Hathaway; Carlos Slim, proprietário do Grupo Carso; Jeff Bezos, da Amazon; Mark Zuckerberg, do Facebook; Larry Ellison, da Oracle; Michael Bloomberg, da agência de informação de economia e finanças Bloomberg são os oito empresários – sendo que seis estão nos Estados Unidos, um no México e um na Espanha.

No ano passado, a Oxfam denunciou que o patrimônio acumulado do 1% mais rico do mundo havia superado, em 2015, os 99% restantes com um ano de antecedência em relação ao previsto. O que demonstra a velocidade com que a desigualdade social tem se dado a nível mundial.

Sem títuloEnquanto isso, do outro lado da pirâmide, uma a cada dez pessoas no mundo sobrevive com menos de US$ 2 por dia, o equivalente a menos de R$ 7.

Para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), os altos lucros das empresas são maximizados pela estratégia de pagar o mínimo possível em impostos, utilizando, para este fim, paraísos fiscais ou promovendo a concorrência entre países na oferta de incentivos e tributos mais baixos.

Essas mesmas empresas usam seu enorme poder e influência para garantir que regulações e políticas nacionais e internacionais sejam moldadas de uma maneira que lhes garantam lucros contínuos.

Para a APUFPR-SSind, salários mais altos para os trabalhadores, taxação de grandes fortunas, igualdade entre homens e mulheres e fiscalização tributária de empresas seriam formas de reverter a crescente desigualdade social.

Uma sociedade mais igualitária evitaria mortes precoces por estresse no trabalho, fome e doenças decorrentes da desigualdade.

Desigualdade aparente no Brasil

No Brasil, a desigualdade social não é diferente de como é no restante do mundo. Os seis maiores bilionários concentram a mesma riqueza, que a soma de mais de 50% da população – um total de mais de 100 milhões de pessoas. Neste cenário de concentração extrema, as desigualdades tornam-se cada vez mais próximas e visíveis.

Fonte: APUFPR-SSind


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