Seminário Integrado do GTPCGEDS reuniu mais de 100 participantes, entre docentes, sindicalistas e representantes de movimentos sociais de todo o país. Foram três dias de debates intensos no evento, que contou com a participação da APUFPR-SSind.
Professoras e professores universitários, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais de todo o país participaram do Seminário Integrado do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para Questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCGEDS), realizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), entre os dias 24 e 26 de agosto, em Pelotas (RS). Os debatedores promoveram reflexões sobre temas como feminismo – destacando os movimentos feministas trans e negro –, racismo, machismo e lgbtfobia no mundo acadêmico e no mundo sindical, a opressão e a violência contra as populações negras, quilombolas e indígenas, além das ações afirmativas transitórias, considerando o impacto da política de cotas nas universidades brasileiras.
De acordo com a organização, o número de presentes superou as expectativas: foram 96 docentes, de 20 seções sindicais, e 14 representantes de outros movimentos sociais e sindicais, com um total de 110 participantes. O evento foi formado por três seminários: o III Seminário Nacional de Mulheres, o II Seminário Nacional de Diversidade Sexual e o II Seminário de Reparação e Ações Afirmativas.
Para a primeira-tesoureira da APUFPR-SSind, Valéria Floriano Machado, que esteve presente, algumas questões importantes foram discutidas, mas ainda ficaram sem encaminhamento. “Por exemplo, a política de reparação sobre os refugiados, isso empacou, não foi para frente, era uma questão importante”, pontuou. Valéria destacou, entretanto, a riqueza das mesas e diz que as discussões sobre indígenas foram bem trabalhadas pelos professores. “O debate foi rico nesse sentido, de as universidades trazerem as problemáticas de como elas são tratadas nos estados e a necessidade de ação conjunta em relação à proteção a grupos minoritários, principalmente os indígenas”, afirmou. Ela concluiu reforçando a importância de um debate nacional para fazer essas reflexões que muitas vezes são minimizadas nas instituições de ensino superior.
Debate
O II Seminário de Diversidade Sexual aprofundou assuntos ligados ao universo LGBT. Os debates abordaram temas como: a postura dos/as docentes em relação às opressões que ocorrem no cotidiano das salas de aula, a ausência de políticas públicas para a população LGBT e as necessidades de avanço na compreensão de diferentes aspectos da diversidade sexual.
Fonte: APUFPR-SSind
