
A corrupção está entranhada no governo Bolsonaro. Curiosamente, na pasta que mais foi atacada desde o começo da atual gestão: a Educação.
Não bastasse a sequência de ex-ministros despreparados e ideologicamente comprometidos com o extremismo, o governo fez do Ministério da Educação um centro de desvio de recursos e favorecimento a interesses escusos.
O ex-ministro Milton Ribeiro foi preso nesta manhã, assim como um dos pastores que, mesmo sem cargo, intermediava interesses políticos e pedia propina (inclusive, em barras de ouro) em troca de liberação de recursos do FNDE para prefeituras.
Segundo palavras do próprio Milton, o pastor atendia a “pedidos especiais” do presidente Bolsonaro. Agora que foram presos, terão muito a esclarecer para os brasileiros.
Esse não é o único escândalo de corrupção que deve ser investigado. Houve tentativa de compra de ônibus escolares superfaturados, esquemas com escolas fake e outras falcatruas recentemente divulgadas pela imprensa (sim, quem está descobrindo todas essas coisas é a imprensa).
É lamentável que um dos setores mais importantes para o país tenha se tornado fonte de corrupção e de troca de favores, ao mesmo tempo em que o governo reduz o orçamento para o menor patamar da década e retira recursos das universidades federais.
Tudo isso só comprova o que temos falado há tempos: para este governo, educação não é prioridade.
A guerra do governo Bolsonaro contra a educação não era apenas ideológica, era também para transformar o MEC em uma fonte de desvio de recursos, para enriquecimento ilícito de alguns ou para tentar ganhar apoio nas eleições presidenciais deste ano.
Deu ruim para o governo.
Agora, basta as autoridades terem vontade de aprofundar as investigações para descobrirmos mais esqueletos no armário do governo.
Fonte: APUFPR