Contratação de empresas para gerir escolas de ensino médio é a falência do ensino em São Paulo

1 de dezembro de 2017

17158312Na última quinta-feira (23), o governo de São Paulo publicou a minuta do edital sobre a modalidade de contratação chamada de contrato de impacto social, em que a empresa vencedora irá receber um pagamento em troca do cumprimento de metas nas escolas de ensino médio do estado.

A justificativa do projeto é a redução da evasão escolar, um problema que não foi resolvido em 24 anos ininterruptos de governos do PSDB em São Paulo. Isso comprova a falência da gestão tucana na educação pública paulista.

O governo pretende implementar os projetos em 122 escolas de regiões vulneráveis na região metropolitana. A taxa de evasão nesses locais chega a 40,8%.

Esse é mais um passo em direção à privatização da educação, pois terceiriza a execução e o gerenciamento das ações pedagógicas nas escolas para empresas privadas, que serão remuneradas com dinheiro público se atingirem os resultados esperados.

O teto estabelecido pelo edital é de R$ 17 milhões e o projeto pode ser estendido para toda a rede estadual, ampliando o risco da influência do capital privado na educação pública de São Paulo. Para o diretor de imprensa da APUFPR-SSind, Cássio Alves, esse modelo de gestão privada não resolve questões estruturais que levam à evasão escolar, que é um problema social e envolve diversos fatores além da metodologia de ensino.

“Sabemos que a renovação do ensino médio é necessária para combater a evasão, mas isso deve ser a partir do governo, com políticas públicas educacionais e a priorização da educação em todos os níveis. Ao transferir essa responsabilidade para as empresas, o governo paulista se exime de cumprir com uma de suas maiores obrigações, que é garantir uma educação pública de qualidade”, reitera Cássio.

Imagem: Folha de S. Paulo

Fonte: APUFPR-SSind


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