Com Brasil chegando a 600 mil mortes por Covid-19, novos atos contra Bolsonaro estão marcados para 2 de outubro

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Com Brasil chegando a 600 mil mortes por Covid-19, novos atos contra Bolsonaro estão marcados para 2 de outubro

No próximo sábado (2), diversos setores da sociedade civil organizada de todo o Brasil sairão às ruas novamente pelo impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em Curitiba, a manifestação se concentrará na Praça Santos Andrade, a partir das 15h, e também terá como tema a cobrança por auxílio-emergencial digno e a luta contra os seguidos cortes na educação, a Reforma Administrativa e as privatizações.

Além de manifestações em todos os estados, também estão previstos atos fora do Brasil, em países como Portugal, França, Espanha e Bélgica, entre outros.

Após o fiasco de sua tentativa de golpe em 7 de setembro, Bolsonaro vem fingindo um recuo e tem dado declarações mais conciliadoras para tentar frear as constantes manifestações contra seu governo (a vergonhosa entrevista à revista Veja .

A postura, no entanto, não convence ninguém (até porque estudos revelaram que, em média, ele dispara ao menos 4 mentiras por dia desde sua posse). O devoto da cloroquina adiou suas intenções nada republicanas por falta de força, mas os crimes já cometidos seguem precisam ser investigados e punidos.

O mal que o Jair Bolsonaro já causou ao Brasil não será apagado. Nada irá reparar a perda das centenas de milhares de pessoas que morreram por causa de seu negacionismo e da negligência de seu governo na pandemia de Covid-19.

Mas é possível fazer o Brasil retomar o rumo. É preciso trazer um alento aos mais de 19 milhões de famintos (para quem o presidente recomendou comprar fuzis em vez de feijão). Nosso país precisa de um governo que aja para reduzir o desemprego recorde, que atinge 14,5 milhões de brasileiros, e que não conseguem sustentar suas famílias diante da alta de 33% na cesta básica, da inflação, da elevação dos preços dos combustíveis ou do gás de cozinha.

Só que Jair Bolsonaro deixou evidente, inúmeras vezes, que não tem qualquer projeto para reduzir as mazelas que atingem os brasileiros. Pelo contrário.

 

Crimes, sofrimento e vergonha

Enquanto os brasileiros sofrem mais a cada dia, o governo leva uma comitiva recorde para passear e passar vergonha (novamente) em Nova York. Por sua causa, nos tornamos piada e somos considerados tóxicos aos olhos do planeta, e isso continuará trazendo inúmeros prejuízos para a população.

Como um ditador de filmes dos anos 80, Bolsonaro inaugura pinguelas e interfere em instituições, como a Polícia Federal (PF), para tentar afastar as inúmeras investigações sobre sua família (além da participação da família presidente no gabinete do ódio – investigado pela PF, pelo STF e pelo TSE – seu filho senador Flávio é investigado por rachadinhas e mesmo assim comprou uma mansão de R$ 6 milhões; seu filho deputado Eduardo é investigado por comprar imóveis usando dinheiro em espécie; seu filho vereador Carlos é considerado líder de uma organização criminosa também por rachadinhas e por ter funcionários fantasmas; e até o mais novo, Renan, que se mudou para uma mansão de R$ 3,5 milhões, é investigado pelo MPF por tráfico de influência e pela PF por ter ligação com um lobista da Precisa Medicamentos, empresa envolvida num esquema para compras irregulares de vacinas pelo governo de Jair Bolsonaro).

 

Com o Centrão e com tudo

Para se livrar dos riscos de impeachment, Bolsonaro vai cedendo aos interesses do Centrão. Em troca de tamanha benevolência (cargos, ministérios, orçamentos paralelos bilionários etc), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, continua sentado em mais de 130 pedidos de impeachment que estão em sua mesa há meses.

Coincidentemente (ou não), a esposa de Arthur Lira foi nomeada para um cargo no governo de Roraima, com vencimentos de R$ 14 mil líquidos, para atuar no Distrito Federal. Só que o governador, Antonio Denarium, é um dos poucos governadores ainda fiéis a Bolsonaro (nesse pequeno rol que inclui o paranaense Ratinho Jr). “Uma mão lava a outra”, diria o ditado popular. As duas juntas passam óleo de peroba na cara.

 

Fonte: APUFPR


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