Ataque aos servidores públicos é nova estratégia do governo para tentar aprovar Reforma da Previdência

22 de novembro de 2017

shutterstock_702959623Após a mobilização dos trabalhadores e das entidades sindicais contra a Reforma da Previdência, o governo de Michel Temer tentará aprovar pelo menos 50% da proposta original ainda neste ano. O presidente ilegítimo pretende, até 15 de dezembro, colocar em votação na Câmara dos Deputados as propostas da idade mínima para ter direito à aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres, assim como as regras de transição.

O governo aposta na nova narrativa para convencer a população de que os servidores seriam privilegiados e que seriam por isso responsáveis pelas desigualdades de renda do país. Esse argumento não se sustenta, uma vez que os servidores contribuem sobre a totalidade da remuneração, com a mesma proporção entre custeio e benefício que os trabalhadores da iniciativa privada, respeitando o teto estabelecido para os demais contribuintes pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Além disso, a idade mínima já é estabelecida para quem ingressou no serviço público a partir de 1998 e, no plano federal, os servidores que entraram a partir de 2013 não têm mais direito à paridade ou integralidade.

Dessa forma, para complementar o valor da aposentadoria acima do teto do INSS, esses novos servidores teriam que contribuir com um fundo de previdência complementar,como a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), criada em 2012.

Para a diretora social da APUFPR-SSind, Maria Suely Soares, o ataque do governo aos servidores públicos encontra na mídia tradicional um espaço para se multiplicar e colocar a população contra a categoria. “Mesmo utilizando informações e argumentos falsos para tentar justificar a necessidade da Reforma da Previdência, essas mentiras às vezes se propagam. Devemos nos empenhar para mostrar à sociedade que tanto os servidores públicos como os trabalhadores da iniciativa privada têm direitos que precisam ser respeitados. Não há privilégios”, destaca.

Fonte: APUFPR-SSind


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