Assembleia de docentes da UFPR aprova indicativo de greve, sem data para deflagração

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Assembleia de docentes da UFPR aprova indicativo de greve, sem data para deflagração

Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovaram o indicativo de greve, por tempo indeterminado, mas sem data para deflagração. A deliberação foi tomada na assembleia geral online, realizada pela APUFPR na quinta-feira (17).

A decisão cumpre uma das etapas do movimento que o ANDES-SN está organizando junto com outras categorias, na construção de uma possível greve unificada dos servidores públicos federais.

Apesar da previsão de início da greve para o dia 23 de março, os docentes da UFPR presentes na Assembleia, em sua maioria, optaram por votar pelo indicativo ainda sem data definida, para que a decisão definitiva ocorra após a avaliação sobre a conjuntura nacional da categoria, após análise das assembleias que as demais seções sindicais também estavam realizando.

 

Assembleias permanentes

Diante da dinâmica do movimento, que pode requerer decisões mais ágeis, os professores da UFPR votaram pelo caráter de assembleia permanente. Nesses espaços, os professores farão avaliação da conjuntura política e as deliberações nas outras universidades federais e também das outras categorias dos servidores públicos federais, antes de deliberar sobre a efetiva deflagração da greve, que daria o início da paralisação. Também serão incluídas para debate e deliberação as demandas internadas.

A Assembleia também aprovou a construção de atos públicos junto com as demais categorias.

 

Pauta de reivindicações

A pauta geral dos servidores públicos federais reivindica a recomposição salarial de 19,99%, índice referente às perdas acumuladas desde o início do governo Bolsonaro, de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA/IBGE).

O conjunto de servidores públicos também pede a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 (Reforma Administrativa) e a revogação da Emenda Constitucional 95, que impôs o teto dos gastos em áreas como saúde e educação.

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) protocolou no Ministério da Economia, em 18 de janeiro, um documento com esta pauta de reivindicações junto ao Governo Federal. Sem resposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, em 9 de março foi lançado o Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve, com objetivo de unificar as iniciativas da base e fortalecer a organização das diversas categorias em todas as regiões do Brasil.

Por isso, segundo o posicionamento da Assembleia, é imprescindível que os servidores públicos federais se mobilizem em um movimento forte. Portanto, é preciso mais tempo para a construção da greve que é, hoje, uma das estratégias de pressão ao governo federal que tem ignorado as pautas dos serviços públicos.

 

Fonte: APUFPR


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