Armas em vez de livros: orçamento da Defesa será maior do que o da Educação em 2021

21 de agosto de 2020
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A cada dia, o governo Bolsonaro deixa mais claro que a sua falta de compromisso com o futuro da Educação e do país.

A prova mais recente é a proposta de orçamento da União para 2021, que está em mãos da equipe econômica e que deve ser enviada para discussão no Congresso em breve. O documento prevê que o Ministério da Defesa terá R$ 5,8 bilhões a mais de orçamento do que o Ministério da Educação.

É absurdo que um país que não está em nenhuma guerra e não tem ameaças de inimigos externos, mas que tem grande dívida com a formação educacional e científica, não priorize a Educação.

O governo deseja aumentar em 48,8% o orçamento da Defesa, passado dos atuais R$ 73 bilhões para R$ 108,56 bilhões.

Já o da Educação seria reduzido de R$ 103,1 bilhões para R$ 102,9 bilhões.

Desde antes de assumir o governo, Bolsonaro já tratava a Educação como uma área hostil. Depois da posse, tudo o que se comprovou foi um deserto de ideias, cuja única ação é a tentativa de implantar um disfuncional sistema de escolas cívico-militares (muito mais caras e menos eficazes do que os Institutos Federais, por exemplo), beneficiando um dos setores que, aparentemente, escolheu fechar os olhos para as barbáries do governo para, em troca, ser beneficiado com aumentos salariais e de orçamento.

Enquanto isso, o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, ainda não apresentou publicamente um plano de trabalho com suas intenções e projetos no cargo. A Educação brasileira segue à deriva.

Um governo para o qual as prioridades são armas e não livros, ciência e conhecimento, não é um governo que está pensando no futuro. Está pensando em um passado que deveria ter ficado para trás.

 

 

Fonte: APUFPR


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