APUFPR-SSind leva Café com Debate sobre Reforma da Previdência à Jandaia do Sul

23 de abril de 2019

Na manhã de ontem (22), docentes e técnicos-administrativos se reuniram no Auditório da Direção, no campus da UFPR em Jandaia do Sul para discutir a retirada de direitos apresentada pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019.

O Café com Debate sobre a Reforma da Previdência contou com a participação do tesoureiro-geral da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (SEDUFSM), Gihad Mohamad.

O convidado discorreu sobre os principais pontos do texto entregue ao Congresso Nacional pelo Governo Federal, propôs um diálogo sobre como a proposição corrói os direitos dos trabalhadores brasileiros.

Os participantes debateram a PEC em uma perspectiva classista extremamente necessária, uma vez que as camadas sociais menos favorecidas serão justamente as mais afetadas caso a Reforma da Previdência seja aprovada.

De acordo com um levantamento da organização Oxfam, 80% dos brasileiros têm renda per capita abaixo de R$ 1.433 mensais. Esse seria exatamente o grupo mais afetado pela eventual implantação de um sistema de capitalização, em que cada assalariado poupa para sua própria aposentadoria sem nenhum aporte das empresas ou do Estado.

Graças a essa dinâmica, em todos os países em que foi implantada, a capitalização diminuiu os valores das aposentadorias das pessoas que receberam uma média salarial menor ao longo da vida.

O modelo afeta em cheio cidadãos que já não tinham privilégios sociais e os lança em uma situação de pobreza e dificuldades justamente na terceira idade, depois de terem trabalhado a vida toda.

Na Reforma que está sendo apresentada, a insegurança da capitalização ainda é acentuada pela falta de planejamento do Governo Federal, que sequer definiu um esboço para o funcionamento do modelo.

“A grande campanha que tem sido feita com o apoio do mercado financeiro para a aprovação dessa PEC defende uma mudança radical. As alterações envolvem maior tempo de contribuição, com maior idade para que o indivíduo possa se aposentar, resultando em um benefício menor. No debate, concluímos que é um tríplice sacrifício com interesses escusos”, explicou o vice-presidente da APUFPR-SSind, Raimundo Alberto Tostes, que atua como docente em Jandaia do Sul.

Fonte: APUFPR-SSind


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