APUFPR reforça luta das mulheres trabalhadoras no 8M

4 de março de 2020
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O número de feminicídios no Paraná cresceu de 43, em 2017, para 63, em 2018. No ano passado, foram 73 mulheres assassinadas. O aumento de 72% nos últimos três anos, divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), reflete a necessidade de políticas voltadas à proteção e aos direitos das mulheres, inclusive nos ambientes de trabalho e nas universidades. A luta feminina será fortalecida no Paraná no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, quando sindicatos de trabalhadores, como a APUFPR, e coletivos ligados a movimentos feministas organizam atos públicos em todo o estado.

Os protestos pedem por direitos humanos, paz, liberdade, dignidade, direito ao trabalho, terra, educação, saúde, segurança, saneamento, livre crença religiosa, planejamento reprodutivo e igualdade de gênero.

A data é reconhecida como o Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras e reforça o combate ao machismo, ao racismo e à opressão de gênero

“Somos um dos países mais perigosos para as mulheres, com a quinta maior taxa de feminicídio entre 84 nações avaliadas pela ONU (Organização das Nações Unidas). É um dado alarmante que precisa ser considerado e tido como um alerta, especialmente em ocupações nas quais o número de mulheres é elevado, como na educação”, destaca a tesoureira-geral da APUFPR, Denise Maria Maia.

Ela reforça que o número de homicídios contra mulheres é ainda maior nos bairros pobres e entre mulheres negras. “Por isso, neste ano, o ato vai partir da periferia, lembrando o crescimento desta violência entre as camadas menos favorecidas.”

Com o mote ‘As mulheres da favela exigem paz’, o ato do dia 8 de março terá a participação de entidades e movimentos sociais, e está sendo organizado pela Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana.

O 8M terá início às 8h, no Parolin.

Confira os principais pontos da programação:

8h – Concentração na Rua Santa Zita, 281, no Parolin (em frente ao Residencial Araguai);

9h – 1º Ato – Denuncia da violência que atinge a favela – rua Santa Zita, 281 (em frente ao Residencial Araguai);

9h30 – Saída da marcha;

2º Ato – A exploração do trabalho – em frente ao Supermercado Extra, na Av. Kennedy;

3º Ato – Educação e Moradia – em frente à Escola Municipal na rua Lamenha Lins;

4º Ato – A Paz que queremos e como vamos construí-la – com a participação da ‘Bloca Feminista Ela Pode/Ela Vai’;

12h – Previsão de finalização da marcha.

 

 

Fonte: APUFPR


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