Após mobilizações, governo retoma Minha Casa, Minha Vida Entidades

Em visita ao estado de Pernambuco para entrega de casas do programa Minha Casa, Minha Vida, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy (sem partido), anunciou que o governo Michel Temer irá retomar “nos próximos dias ou mês” a modalidade do programa de moradias destinada a entidades e movimentos populares. 

“O programa de entidades terá sim nos próximos dias ou no próximo mês, a sua discussão retomada, as suas publicações retomadas, para que a gente consiga sim, outros projetos como esse que estamos inaugurando hoje”, disse o ministro, que fez a entrega de cerca mil casas nas cidades de Olinda e Ilha de Itamaracá. 

O anúncio veio depois de um ano de lutas de movimentos de moradia em todo o país. Guilherme Boulos, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), comemorou o anúncio, mas destacou a importância de seguir vigilante sobre as políticas de habitação do governo.  “A retomada das contratações do Minha Casa, Minha Vida Entidades é uma vitória. Durante todo o ano passado nós estivemos mobilizados em torno disso, com lutas em todo o país. Mas é importante estar atentos e vigilantes para garantir que isso se efetive. Por isso, o MTST seguirá mobilizado nesse sentido”, afirmou. 

Durante visita a São Paulo, nesta semana, para o lançamento do primeiro programa de Parceria Público Privada de Habitação da prefeitura da capital paulista, Baldy já havia se comprometido com a retomada do programa. “Iremos manter os investimentos que foram programados para a construção do Minha Casa, Minha Vida, seja no âmbito do PAC (…) seja pelo modelo FDS [Fundo de Desenvolvimento Social], que é a contratação por entidades, seja pelo modelo de sorteios realizados pela Caixa”, disse o ministro, durante encontro com o prefeito de São Paulo, João Dória, e representantes do governo estadual. 

No começo de 2017, o Brasil de Fato já havia abordado os diversos cortes orçamentários realizados pelo governo de Michel Temer nos programas de habitação, e que atingiam principalmente a Faixa 1 do programa, que engloba cidadãos e cidadãs com renda de até R$ 1.800. Na época, o governo chegou a voltar atrás na paralisação do programa. Ainda assim, os movimentos de moradia denunciavam que o número de unidades previstas era insuficiente para atender à demanda da população.

Fonte: Brasil de Fato

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