Na Alemanha luta dos trabalhadores nas ruas conquista redução da jornada de trabalho e aumento de salários

22 de fevereiro de 2018

IG Metall-DemoEnquanto no Brasil as Reformas do ilegítimo governo Temer continuam fazendo o país andar em marcha ré, saqueando os direitos dos brasileiros, em países como a Alemanha, a classe trabalhadora conquistou recentes e importantíssimas vitórias por meio da luta sindical.

O maior sindicato metalúrgico do mundo, oIG Metall, realizou um acordo histórico no dia 6 de fevereiro, garantindo aumento salarial de 4,3%, redução da jornada de trabalho opcional de 35 para 28 horas semanais e participação dos empregados nos lucros das empresas. O pacto, que terá a duração de 27 meses, passa a valer a partir de abril deste ano e vai abranger aproximadamente 900 mil trabalhadores alemães.

Reforma Trabalhista coloca o país no caminho inverso

No Brasil a situação é oposta: com as Reformas de Temer, os trabalhadores estão cada vez mais distantes de conquistar a redução da jornada de trabalho e o aumento dos salários.

As Reformas da Previdência e Trabalhista são exemplos práticos de propostas maléficas para os trabalhadores, já que retiram seus direitos e garantias, além de tentarem debilitar o papel dos sindicatos.

Uma das mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista é a tentativa de enfraquecimento da atuação sindical, tentando excluir as entidades das negociações com as empresas e deixando-as com menor envergadura na luta pelos direitos e melhorias salariais para os empregados.

Encomendada pelas elites empresariais, quem sai perdendo com a Reforma é o trabalhador.

Na Alemanha, o processo exitoso foi possível após cinco rodadas intensas de negociações com as empresas, além de o IG Metall ter organizado seguidas greves, paralisando multinacionais gigantes, como Airbus, Daimler, Bosch e BMW.

Tamanha pressão e enfrentamento só podem ser executados com um sindicato forte e devidamente estruturado.

Outro fator que torna vulneráveis as negociações para os trabalhadores é a forma como a Reforma Trabalhista estabeleceu que o negociado prevaleça sobre o legislado. Com essa “inovação”, a negociação coletiva entre empregados e patrões, que antes era amparada sempre pelos sindicatos com a intenção de ampliar os direitos trabalhistas, inverteu-se e se tornou um instrumento para reduzir e desproteger os empregados.

“Os sindicatos têm cumprido uma função histórica de garantir as condições mais adequadas para os trabalhadores. Essa Reforma, no entanto, lançou essa negociação para o empregado que, vulnerável pelo momento de desemprego existente no país, tende a se submeter a acordos totalmente desfavoráveis”, destaca o presidente da APUFPR-SSind, Herrmann Vinícius de Oliveira Muller.

Já no caso da Reforma da Previdência, ao contrário do que o governo Temer tem publicizado, irá aumentar o tempo de contribuição do trabalhador, dificultando ainda mais para o brasileiro se aposentar. Por isso, a APUFPR-SSind vai continuar denunciando a Reforma Trabalhista e mobilizando e apoiando ações contra a Reforma da Previdência.

Fonte: APUFPR-SSind


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