Ameaça de Bolsonaro à democracia é muito grave. A universidade precisa reagir!

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Em mais uma atitude inconstitucional, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a afrontar a democracia brasileira. Por meio de seu Whatsapp, ele encaminhou um vídeo que convoca o povo brasileiro para que se mobilize e vá às ruas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O chamamento, encaminhado a dezenas de contatos (e exposto pela mídia), causou repulsa nos poderes Legislativo e Judiciário e de diversos setores da sociedade, porque é uma tentativa de ampliar uma escalada autoritária vinda de um movimento que pretende não só fechar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (para acabar com o sistema republicano de contrapesos que impede a instauração de um absolutismo) como pede a prisão de seus membros, especialmente dos que se contrapõem aos desejos do presidente.

A APUFPR engrossa o coro daqueles que defendem a democracia e não apenas repudia mais essa atitude do mandatário do país, a entidade faz um alerta: é preciso barrar essa ameaça!

Os docentes reforçam a indignação coletiva diante deste ato antidemocrático. “A universidade sempre foi a favor da democracia e agora estamos diante de um fato terrivelmente grave, que é o do presidente convocar um movimento contra as instituições democráticas. Isso é algo que nós, como universidade, não podemos aceitar. Estamos em defesa da democracia e vamos às ruas defendê-la”, diz o presidente da APUF, Paulo Vieira Neto, lembrando os atos nacionais já organizados para os dias 8 (Dia das Mulheres) e 18 de março (data da greve nacional em defesa da educação e dos serviços públicos), por todas as capitais brasileiras.

“Desde as revoluções burguesas do século 19, mesmo as revoluções socialistas do século 20, nos partidos políticos de esquerda e de direita, a República é um valor comum. Mexer no estado de direito, nesses direitos fundamentais, na limitação e organização do poder, é considerado, pelo artigo 84 de nossa Constituição, um crime de responsabilidade, pois o presidente não tem poder absoluto num modelo como o nosso, democrático e republicano”, reforça o secretário-geral da APUFPR, Paulo Opuszka.

“O Congresso, mesmo que discordemos da política, foi eleito e não pode ser atacado nem fechado. Isso é uma medida inconstitucional que merece todo nosso repúdio”, reafirma o professor Nixon Vieira Malveira, do Departamento de Mecânica da UFPR.

A ação do presidente veio dias após seu ministro de segurança institucional, general Augusto Heleno, ter usado uma expressão chula de autofornicação ao se referir à relação com os parlamentares.

Confira nosso vídeo de repúdio e vem pra rua pela democracia!


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