A Reforma foi um fracasso no Peru

15 de março de 2019

Assim como o Brasil de 2019, o Peru decidiu, na década de 90, se inspirar no modelo previdenciário chileno para elaborar sua própria Reforma da Previdência. O país tomou providências para adotar o regime de capitalização sem repetir os erros do Chile, que já se mostravam desastrosos para os beneficiários por lá.

Em 1992, a aprovação da Reforma peruana levou a adoção de  um modelo misto. Nele, os trabalhadores podem escolher contribuir com 13% de sua renda bruta para o Sistema Nacional de Pensiones (SNP), que é um fundo comum, ou com 10% de seu salário para o Sistema Privado de Pensiones (SPP), que se trata da conta individual.

Mesmo com esse cuidado, a capitalização voltou a se revelar uma experiência desastrosa. Sem a contribuição dos empregadores e com o deficit causado pela inexistência do aporte das empresas, as aposentadorias dos peruanos também encolheram, exatamente como no Chile.

A situação é tão grave que, em 2017, o Ministério da Fazenda do Peru criou uma instância chamada de Comisión de Proteción Social (CPS), que passou a trabalhar para analisar formas de rever o sistema e aumentar os valores recebidos pelos beneficiários. Hoje, a discussão no país gira em torno da majoração de alíquotas de contribuição para que a qualidade de vida dos aposentados melhore.

Se você não quer vivenciar uma situação semelhante em nosso país, junte-se à APUFPR-SSind e compartilhe a campanha #PrevidênciaNãoÉPrivilégio nas redes sociais.


BOLETIM ELETRÔNICO


REDES SOCIAIS