A capitalização vai destruir a aposentadoria no Brasil

7 de março de 2019

Com Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que oficializa o projeto de Reforma da Previdência do Governo Federal, haverá várias mudanças profundas e perversas para os trabalhadores brasileiros. A maior delas é uma alteração estrutural, que defende a migração para um modelo de capitalização.

Nessa modalidade, cada contribuinte destina uma fatia do seu salário para sua aposentadoria, exatamente como no modelo atual. A diferença crucial é que, em vez de ir para um fundo coletivo, como acontece hoje, esse dinheiro vai para uma conta individual.

O fundo fica sob responsabilidade de gestores. Quando se aposentar, o trabalhador passa a viver com base naquilo que contribuiu ao longo da carreira.

O valor final dos proventos depende de variáveis como juros, correções monetárias e a competência da administradora responsável pelo dinheiro recolhido, que pode comprometer o benefício ao tomar decisões equivocadas na gestão do montante.

O problema é que o beneficiário não tem como saber qual será o valor final de seus proventos, já que cada responsável pela administração dos valores aplicará seus próprios métodos de gestão do dinheiro, que pode flutuar de acordo com a situação da economia e do mercado financeiro.

Para piorar, o texto da PEC elaborado não deixa claro nenhum tipo de detalhe sobre o funcionamento prático da capitalização brasileira. Se a proposta for aprovada, será um tiro no escuro, implantado com base em um mero conceito vago.

A incerteza será regra caso a Reforma entre em vigor. Será impossível prever como será a vida após a aposentadoria. Os riscos serão intensificados porque, com base em experiências internacionais, é possível afirmar que a rentabilidade da capitalização é menor do que a do atual sistema. Portanto, os futuros aposentados não terão certeza, sequer, se poderão manter sua qualidade de vida ou a subsistência de suas famílias.

Se você não quer viver na incerteza durante sua aposentadoria, junte-se à APUFPR-SSind e compartilhe a campanha #PrevidênciaNãoÉPrivilégio nas redes sociais.


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