8M: Mulheres vão às ruas por direitos, justiça e liberdade em Curitiba

12 de março de 2019

A união das mulheres mobilizou milhares de pessoas na Praça Santos Andrade, em Curitiba. No Dia Internacional da Mulher, as escadarias do prédio histórico da UFPR foram tomadas por corpos, vozes e cartazes que exigiam equidade e o fim da violência de gênero.

Durante todo o dia, foram realizados quatro atos na capital paranaense. As manifestações agregaram meninas e mulheres de todas as idades, movimentos sociais e entidades sindicais – incluindo a APUFPR-SSind.

Para a diretora social da seção sindical, Maria Suely Soares, a presença de organizações que lutam pelos direitos dos trabalhadores foi um elemento indispensável para demarcar a interseccionalidade entre as reivindicações da classe trabalhadora e a igualdade de gênero.

“É um movimento global em que as mulheres estão cada vez mais ocupando espaços na política e se empoderando na luta por um país mais justo e igualitário. É por acreditar nisso que o ANDES-SN e a APUFPR-SSind estão nessa mobilização”, afirmou Maria Suely.

Os atos aconteceram das 12 às 20h e, além do combate à violência contra a mulher e o feminicídio, também abordaram pautas como saúde, educação, a defesa das bases democráticas e a cobrança de respostas sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Uma luta contínua

O resgate histórico acerca do Dia Internacional da Mulher é importante para que se relembrem os grandes avanços das últimas décadas – como o direito à educação, a garantias trabalhistas, ao divórcio, ao sufrágio, bem como a criação de políticas de combate à violência doméstica. Mesmo assim, ainda há muito pelo que lutar.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres dedicam mais tempo aos estudos e melhor frequência escolar em relação aos homens.  Apesar disso, ainda enfrentam a disparidade salarial. No levantamento referente ao primeiro semestre de 2017, as mulheres ganhavam, em média, 24% a menos que os homens.

A taxa de desemprego também é mais alta entre as trabalhadoras, atingindo a marca dos 13% contra 10% dos trabalhadores do sexo masculino. Quando um recorte de raça é aplicado à equação, a situação se torna ainda mais desfavorável. As mulheres negras eram o grupo mais afetado pelo desemprego em 2017, com 15,9% delas afastadas do mercado de trabalho formal.

Fonte: APUFPR-SSind
Confira a galeria de fotos do ato


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