200 mil vão às ruas de Buenos Aires contra ajuste fiscal

A cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, foi tomada por centenas de milhares de manifestantes na tarde de quarta-feira (21), em protesto contra o ajuste fiscal do governo de Mauricio Macri. Os argentinos paralisaram suas atividades de trabalho para criticar as diversas políticas de Macri, entre elas a Reforma Trabalhista aos moldes do projeto de Temer, que está em discussão no Congresso há alguns meses. Inflação, aumento das tarifas, crescente endividamento público, desemprego, arrocho salarial e pobreza em aumento são o caldo de cultivo da insatisfação popular provocadas pelas políticas neoliberais.

A manifestação, ainda que convocada por apenas um dos dirigentes da maior central sindical do país – Confederação Geral do Trabalho (CGT) – motivado por interesses particulares e sindicais, foi o maior ato de protesto pós eleitoral. Se somaram à parte da CGT as duas Centrais dos Trabalhadores Argentinos (CTA dos Trabalhadores e CTA Autônoma), partidos de esquerda e movimentos sociais e de direitos humanos. Setores presentes reivindicaram que as centrais sindicais chamem uma Greve Geral para derrotar os projetos de ajuste fiscal de Macri e parar a onda de demissões e de fechamento de empresas.

O presidente multimilionário argentino apenas conseguiu aprovar em dezembro a sua Reforma da Previdência por conta de uma forte repressão policial. O governo argentino abriu recentemente licitação para comprar 15 milhões de balas de borracha, já na expectativa de novas manifestações contra a Reforma Trabalhista.

Com informações e imagem de Tiempo Argentino.

Fonte: ANDES-SN


BOLETIM ELETRÔNICO


REDES SOCIAIS