1º de maio: resistir à destruição para construir um novo caminho

1 de maio de 2022
Dia do Trabalhador

Estamos no último ano de um governo que foi eleito com a pauta de redução de direitos trabalhistas e eliminação das entidades sindicais. Por isso, este 1º de maio, Dia do Trabalhador (o último sob o regime Bolsonaro), tem um caráter simbólico.

É verdade que a classe trabalhadora brasileira teve perdas significativas nos últimos anos, tanto por causa da aprovação da Reforma da Previdência como pela estagnação do poder de compra, desemprego recorde e aumento das contratações precarizadas (fator que explica o apoio das ‘elites’ ao governo), redução de direitos e de mecanismos de proteção à saúde no ambiente laboral.

Mas houve também muita resistência organizada para frear maldades.

O governo tentou, mas não conseguiu, colocar em andamento diversos projetos que seriam profundamente danosos para os direitos trabalhistas.

A derrota na aprovação de uma nova Reforma Trabalhista (que implementaria a “Carteira Verde e Amarela”, com direitos mínimos) e a falta de condições políticas e sociais para aprovação da Reforma Administrativa são exemplos da importância das lutas organizadas.

Nesse aspecto, o enfrentamento promovido pelas comunidades universitárias teve papel fundamental na organização das lutas nacionais ao longo desses anos tenebrosos.

Uma data para pensar sobre os desafios da universidade pública

Nesse cenário instável (e, por vezes, ameaçador), os trabalhadores que atuam no ensino superior público continuam vencendo obstáculos para garantir a manutenção das atividades nas instituições, assegurando o acesso à universidade pública e garantindo o seu papel social.

Mas neste Dia do Trabalhador, vale a pena lembrar que os cortes no orçamento da educação e da ciência e tecnologia vêm afetando sistematicamente a vida de profissionais que sofrem com a falta de apoio, estrutura e reconhecimento.

Além disso, os cortes nos recursos que seriam destinados à assistência estudantil afetam os alunos que são filhos de trabalhadores das camadas mais pobres.

Futuro sob risco (o que fazer?)

Apesar dos esforços de nossos pesquisadores e cientistas, cujo trabalho foi evidenciado no combate ao novo Coronavírus, o governo de Jair Bolsonaro escolhe o negacionismo e o obscurantismo e tira o Brasil do caminho do desenvolvimento, fazendo com que nosso país deixe de ser um produtor de conhecimento para se tornar um mero importador de ideais.

Por isso, este Dia do Trabalho também é um convite à união de forças em favor do ensino superior brasileiro. Não podemos ficar parados diante de tantas ameaças e agressões contra a educação e contra a ciência.

Neste 1º de maio, a APUFPR estará participando das atividades do movimento sindical em Foz do Iguaçu, construindo ações coletivas junto com dezenas de categorias. É momento de somarmos forças.

O futuro do nosso país está em jogo e o sinal de alerta está acesso há tempos. É dever de todos nós fazer esse enfrentamento e ajudar a construir um outro rumo para o Brasil.

Fonte: APUFPR


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