1º de Maio reafirma mobilização contra ataques aos direitos sociais em todo mundo

O Primeiro de Maio – dia internacional dos trabalhadores e trabalhadoras – foi marcado por manifestações nos cinco continentes. Em diversos países, centenas de milhares de manifestantes foram às ruas contra os ataques do Capital aos direitos sociais, previdenciários, trabalhistas, em defesa dos imigrantes e, em alguns casos, por condições básicas de vida e trabalho.
Protestos foram registrados em países como Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Cuba, México, Panamá, Guatemala, Estados Unidos, Canadá, Tunísia, Nigéria, África do Sul, Rússia, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Inglaterra, Grécia, Turquia, Coreia do Sul, Bangladesh, Camboja, Indonésia, Filipinas, Taiwan, Paquistão, entre tantos outros.
No Brasil, dias depois da vitoriosa greve geral em 28 de abril, os trabalhadores voltaram às ruas, em vários estados, contra as reformas Trabalhista e da Previdência, contra as terceirizações e para denunciar a violência policial e criminalização das lutas.
A CSP-Conlutas e o ANDES-SN participaram de atos do 1º de Maio pelo país todo, reafirmando o compromisso de seguir em unidade para a derrota das propostas do governo Temer contra os trabalhadores.
Em nota assinada pelas centrais sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, é destacado que “o próximo passo [da luta] é  Ocupar Brasília para pressionar o governo e o Congresso a reverem seus planos de ataques aos sagrados direitos da classe trabalhadora. Se isso não for suficiente assumimos, neste 1º de Maio, o compromisso de organizar uma reação ainda mais forte”.

O dia também foi momento de denúncias das graves violências sofridas por manifestantes e da criminalização das lutas que ocorreram no dia 28 de Abril. Em São Paulo, militantes do MTST foram detidos sob alegação de “abalarem a ordem pública”, no Rio de Janeiro, as ruas se transformaram em campo de guerra. Em Goiás, o estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas após ataque da polícia militar.

Em São Paulo, na capital, o ato, organizado por entidades sindicais e movimentos sociais, ocorreu na Praça da Sé, local simbólico e histórico de lutas. No litoral paulista, manifestação unificada centrais e movimentos sociais, que destacaram a necessidade de unidade para seguir com as mobilizações contra as reformas do governo Temer.
No Rio de Janeiro, milhares se reuniram na Cinelândia, no centro da cidade, em manifestação conjunta de centrais Sindicais, entidades sindicais, movimentos populares, juventude. O “Fora Temer” tomou conta da praça. A manifestação também t eve um caráter de resistência à repressão brutal sofrida no dia 28.
Veja como foi o 1 de maio em alguns países:

Na França, trabalhadores foram às ruas contra a reforma trabalhista imposta pelo governo. Houve confronto com a polícia, que reprimiu as manifestações com violência. Na Alemanha, mais de 20 atos foram convocados por toda capital, e também em diversas cidades do país. Milhares de pessoas marcharam em Portugal pelo direito ao trabalho e em defesa das conquistas sociais.
Na Rússia, mais de 2 milhões foram às ruas em protesto contra o governo Putin. Na Turquia, pelo menos 70 pessoas foram detidas durante ato na Praça Taksim, na capital Istambul. Na Grécia, milhares se reuniram em frente ao Parlamento, em Aten as, contra as medidas de austeridade implementadas pelo governo, como exigência da Troika.
Na Espanha, pelo menos 70 cidades realizaram manifestações com o slogan “Sem mais desculpas”, que exigiam o fim da reforma

trabalhista e previdenciária no país. Na Itália, trabalhadores também foram às ruas em passeata. Em Turin, norte do país, houve confronto com a polícia que tentou dispersar a manifestação ainda no seu início e cercou um grupo de 200 pessoas, para impedi-las de chegar ao ato.

Na Polônia, os atos foram marcados pela oposição ao governo conservador e em defesa  dos direitos sociais.Centenas  de trabalhadores participaram de manifestaram no Líbano exigindo o fim da corrupção e  por reformas políticas. Na Indonésia, cerca de 40 mil protestaram na prefeitura da capital Jacarta. A polícia impediu que o protesto chegasse ao palácio presidencial. Houve manifestação também na segunda maior cidade do país, Surabaya. Nas Filipinas, milhares de trabalhadores se reuniram em protesto para pedir melhores salários e fim dos contratos temporários de trabalho e da precarização.

Em Bangladesh , milhares de trabalhadores, principalmente da indústria têxtil, saíram às ruas para exigir melhores condições de trabalho e proteções legais. Cerca de 4 milhões trabalham no setor no país, um dos principais polos de exportação de roupas para EUA e Europa, muitos em condições insalubres. No Paquistão, as manifestações convocadas por trabalhadores da indústria, comércio e do serviço público pediam melhores condições de trabalho e salários dignos.

Na Argentina, manifestantes se reuniram em frente ao Congresso em ato contra as políticas de arrocho do governo Macri. No último mês, argentinos protagonizaram uma greve geral que paralisou o país.

Fonte: ANDES-SN com informações  da CSP Conlutas, Esquerda Diário e Agências  Internacionais


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