11F – Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: ainda há muito a avançar

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11F - Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: ainda há muito a avançar

Apesar dos avanços recentes conquistados pelas mulheres, como o direito a voto, maior participação política e mais direitos sociais e trabalhistas, ainda hoje elas enfrentam grandes lutas para conquistar seu espaço na sociedade.

Com a chegada do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, essa luta por mudanças em nossa sociedade deve ser ainda mais reforçada. Há ainda, para as mulheres trabalhadoras da educação, muitas desigualdades a serem superadas.

O Brasil é um país de professoras, mas há mudanças no decorrer das faixas etapas educacionais: segundo dados do Censo Escolar de 2021, elas representam 81% dos docentes nas escolas: na educação infantil são 96%, no fundamental 1 e 2 elas representam 88% e 67% do corpo docente, respectivamente.

Mas não é coincidência que nesses níveis de ensino estejam os salários mais baixos em comparação aos salários no ensino médio e universitário.

No ensino superior, elas ainda são minoria entre os docentes: cerca de 46%, embora sejam maioria entre estudantes de graduação (55%) e de pós-graduação (54,5%), e também com maior quantidade de títulos de mestrado e de doutorado (54%).

As barreiras impostas às mulheres na sociedade também se refletem dentro das instituições. Para elas há menos oportunidades para assumir cargos de chefia e gestão. Apenas 30% das universidades federais têm uma mulher à frente, como reitora.

Nas entidades científicas, a situação é ainda mais complicada: o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), principal agência de fomento à pesquisa no Brasil, nunca teve uma mulher como presidente.

Até na distribuição de recursos há um abismo a ser superado: apesar de receberem a maioria das bolsas de iniciação científica (59%), recebem apenas 35,5% das bolsas de produtividade, as mais prestigiadas, com financiamento maior. Dentro deste grupo, existem as bolsas 1A, as mais altas, que só contemplam 24,6% de mulheres. O ‘efeito tesoura’ é um mecanismo que expulsa as mulheres da pesquisa científica.

Reconhecimento e valorização profissional

É preciso avançar, enquanto sociedade, para que as mulheres não sejam ‘homenageadas’ apenas em datas específicas. Mas que haja, principalmente, com reconhecimento, valorização e igualdade.

Por isso, esta data, criada pelas Nações Unidas em 2015, deve servir para não esqueçamos que sem luta, não há avanço. Sem união, não há conquistas. É dia de lembrar da força, da resistência, das conquistas e do poder das lutas das mulheres.

Fonte: APUFPR


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