CRAPUFPR debate precarização do trabalho no ensino a distância

14 de setembro de 2018

tamanho para site-3 O Conselho de Representantes da APUFPR-SSind (CRAPUFPR) se reuniu ontem (13) para debater um ponto polêmico do projeto educacional brasileiro: os sistemas de educação à distância no ensino superior.

O tema Trabalhadores da EAD: conjuntura e luta foi apresentado pelo coordenador de disciplina do curso de Licenciatura em Pedagogia a Distância da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Alexandre Herculano Ferreira Freitas.

O convidado da noite compartilhou os principais desafios enfrentados pelos professores dessa modalidade de ensino. A maior parte deles gira em torno da precarização das condições de trabalho desses servidores.

Experiência no Rio de Janeiro expõe graves problemas

No Rio de Janeiro, a administração e o planejamento logístico dos programas EAD em universidades públicas são feitos por um consórcio chamado Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj). Todos os aspectos financeiros dos cursos não presenciais são gerenciados por essa instituição intermediária — incluindo a remuneração dos docentes.

Devido a essa particularidade, os professores que atuam nas disciplinas a distância não recebem salários ou bonificações em seus contracheques para dar essas aulas, mas sim bolsas.

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Alguns docentes submetidos a essa situação abusiva já integram o quadro de universidades públicas, e, além de não receberem gratificações devidamente contabilizadas em seus vencimentos, também não têm as horas que dedicam à EAD consideradas para sua carga horária semanal. Outros professores, geralmente ocupando cargos de tutoria, são considerados somente bolsistas, sem vínculo empregatício com o Cederj.

Para Herculano, as condições de trabalho extremamente precárias são o ponto mais grave desse modelo — o que acaba se refletindo na relação de ensino e aprendizagem com os alunos. “Hoje, a principal luta na EAD é pela valorização dos professores, que atuam sem direitos trabalhistas básicos. O objetivo dessa dinâmica é precarizar para privatizar”, avaliou.

Fonte: APUFPR-SSind

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